September 5, 2007

As despedidas

As despedidas não foram fáceis, mais para os adultos, que se aperceberam das situações, do que para as crianças. Sendo certo que quem ficou nesse cantinho à beira-mar plantado sentiu mais a nossa vinda, a nossa ausência. Estando nós todos juntos (os 4) e vindo voluntariamente nesta aventura era de esperar que assim fosse, que aí ficassem a prever a ausência das crianças, do barulho que elas fazem (cada vez mais alto), dos seus choros e risos e das coisitas delas. E nós partimos animados com a prespectiva desta nova vida, da mudança (sim, que para melhor muda-se sempre!!!) das experiências com que a mesma nos vai enriquecer. Não ficámos com saudades? Ficámos. Só não pensámos nisso. Partimos para esta aventura e encarámos isso com espírito positivo (característica que, particularmente, nem sempre me acompanha).
Não seremos verdadeiros se dissermos que não sentimos falta das pessoas mais queridas, e de outras menos queridas, e da nossa rotina e da vida que tínhamos estabelecido. Mas a vida é feita para andar para a frente e "parar é morrer". Todos sabemos que esta experiência é muito importante no curriculum profissional do J. e a todas nós também só nos vai trazer vantagens, pelo menos a do inglês (que vamos todas ficar a falar melhor que o J. - ou pelo menos vamos tentar não o falar macarronicamente :) )
Mas lá vos deixámos, em terra, e lá levantámos voo, só com uma hora de atraso. O que poderia ser irrelevante se a estadia no avião não prometesse ser demorada (7.30h de voo).
A coisa não começou lá muito bem!
A cadeira da K. tinha o cinto de segurança todo vomitado, o que mandava cá um cheirete! Lá troquei de lugar com ela, mas como ficou mesmo ao pé de mim a cheiro tb lhe chegava. A G. veio do lado da janela, toda contente e agitada com a novidade. A K. também estava ansiosa mas, no seu registo habitual, lá se sentou muito compenetrada e receosa também. Veio mais tarde a confessar que tinha "medo de voar por cima do mar".

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